Olá tudo bem?
Até agora, em todos os artigos do nosso BLOG, conversamos com você sobre assuntos relacionados ao coro. Agora está na hora de falarmos um pouco de você, meu caro regente!
Na página principal do nosso BLOG estão outros assuntos que podem ajudar seu coro!
Uma das primeiras coisas que abordo com meus alunos na Academia de Regência, no Conservatório de Tatuí, ou leitores do nosso BLOG que nos procuram para orientação, é estabelecer claramente: de onde você vem, onde está e para onde quer ir com seu trabalho coral.
Parece algo óbvio, mas nem sempre é!
Qual foi o seu caminho, na vida musical, até chegar à frente de um coro?
Bom, talvez a maioria de nós (e eu também) chegou aqui pelo caminho da necessidade.
Éramos aqueles no coro, na igreja, na escola ou entre os amigos, que sabíamos um pouco mais de música do que os outros, tocávamos algum instrumento ou tínhamos mais experiência em canto (não necessariamente estudando canto) e quando precisaram de alguém que ensinasse as vozes, (na gíria dos corais: “passar a voz”) fomos “convocados” para esta função e lá estávamos nós!
Depois de ensinadas as notas, alguém precisaria estar ali de pé “abanando o braço” para que todos soubessem quando começar e quando terminar. Lá vamos nós de novo!
Tirando do bolso as aulas de solfejo com o velho “Bona”, conseguíamos fazer o 4/4, e o 3/4 (alguns com o 3º tempo pra dentro!) e na hora do 2/2, transformávamos tudo em 4 e dava tudo certo! (Sempre com um frio na barriga para não aparecer um 6/8 porque senão complicava…)
A gente tomou gosto pela coisa, o pessoal foi curtindo o resultado do trabalho, dando aquele apoio e incentivo (até porque não tinham outra opção) e de repente, fomos mordidos pelo “bicho da regência”!
Daí pra frente veio a busca pelo aprendizado desta arte. Aulas, cursos, workshops, vídeos, alguns (poucos) livros, observação de colegas, professores e maestros para construirmos nossa regência.
Quantos não estudaram regência sem efetivamente reger um coro em sala de aula, já que sua escola/faculdade não tinha um grupo específico para isto¿ Sempre dependendo dos colegas de turma serem “cobaias” , cantando as peças nas aulas de regência, muitas vezes sem as 4 vozes completas, ou sendo reféns dos CD’s?
E depois tem o dia-a-dia da regência!
Para quem é profissional e vive da regência (parabéns e boa sorte), tem que correr pra cima e para baixo, reger vários coros para pagar as contas, trabalhar com grupos das mais diversas configurações, espalhados pelos 4 cantos da cidade e região. Muitos são regentes, preparadores vocais, pianistas (e carregadores de teclado), professores de teoria, produtores musicais, merendeiros que fazem o lanche do ensaio, psicólogos, etc… (e geralmente ganhando por apenas uma dessas funções, e ganhando mal! )
Para aqueles que não são regentes em tempo integral, o desafio é conciliar atividades de outra natureza com o trabalho do coro. Muitas vezes trabalhando até às 18h numa atividade totalmente diferente de Musica Coral, e ter que correr para o ensaio trocando rapidamente o canal para “regente” na cabeça para estar pronto para atender tudo que seu coro precisa.
Será que nesta saga toda deu tempo de todo mundo parar para pensar : “COMO EU VIM PARAR AQUI” ?

A maioria de nós foi “levado” até a regência.
Isso não tem nada de mal, pelo contrário, eu costumo dizer aos meus alunos da Academia de Regência que, a regência é uma consequência da nossa trajetória musical, e isso agrega valor e experiência.
O problema é que, nesta trajetória, muitas vezes queimamos etapas e pulamos degraus importantíssimos na nossa formação como regentes, que farão falta lá na hora de “abanar o braço” e fazer o coro cantar (com qualidade)!
Aplausos para quem já percebeu essas falhas e correu atrás do prejuízo, buscando soluções para preencher essas lacunas – e muitos dos leitores do nosso BLOG da Academia Concerto estão aqui fazendo justamente isso.
E para quem ainda não tinha parado para pensar, fica o incentivo para puxar o freio na correria, respirar fundo, analisar e começar a correr atrás do que falta! E sempre falta.

Um exercício
1 – Faça um retrospecto da sua trajetória musical – Toda ela,não apenas na Música Coral – como se contasse sua história para alguém. Escrever é sempre uma boa maneira de fazer isso.
2 – Identifique possíveis lacunas, falhas ou etapas puladas – áreas, fundamentos, elementos da sua formação musical, experiências ou parte da sua trajetória, que você acha que fazem falta para sua regência hoje.
3 – Agora projete o futuro:
. Onde você quer chegar com seu trabalho como regente?
. Qual o “som dos seus sonhos” e que gostaria de ouvir dos seus coros?
. Que tipo de coro e em quais condições você se vê regendo daqui 1 ano, 5 anos e 10 anos?
4 – Cruze as informações dos 3 tópicos acima. Faça a comparação entre a sua formação e trajetória musical (PASSADO) e o que almeja no FUTURO, e você vai chegar exatamente ao meio do caminho, ou seja: O PRESENTE!
Desta forma conseguirá identificar “buracos”, falhas ou deficiências na sua formação como regente, que podem estar impedindo HOJE que o seu trabalho, com o coro, avance como você gostaria ou planeja.
5 – Crie um plano de trabalho para solucionar essas lacunas. Pense COMO, ONDE e COM QUEM poderá buscar capacitação, reciclagem ou aprendizado e resolver estes pontos em aberto.
Estabeleça planos, metas, calendário e principalmente PRIORIDADES!
PRIORIDADE 1: Comece com a base da sua formação musical geral: leitura, percepção, harmonia, estrutura e análise, história da música, etc.
PRIORIDADE 2: Se refere à base da sua regência: gestual, técnica de ensaio, técnica vocal, repertório, etc.
PRIORIDADE 3: Aspectos de especialização e capacitação: aprofundamento em algum período (música barroca, por exemplo), métodos de educação musical para coro (como o Kodaly), novas linguagens de música coral (música concreta, coro cênico, etc.), conhecimento em outras áreas que sirvam de ferramenta para seu trabalho: psicologia, fonoaudiologia, recursos humanos, coaching, gestão, produção musical, etc. E nunca esquecer: INGLÊS é fundamental!

Isso vale para todo regente que quer AVANÇAR com seu trabalho, independentemente do seu nível musical, tempo de experiência, tamanho do seu coro, localização geográfica. Não busque desculpas para a acomodação.
Busque sempre a excelência!
ATENÇÃO!
Você quer nossa ajuda para avaliar sua trajetória e montar um plano de capacitação e reciclagem em regência para você?
Utilize o email abaixo e entre em contato com a gente sem compromisso:
academiaconcerto@academiaconcerto.art.br
Este foi o primeiro de uma série de artigos sobre regência! Ainda vamos conversar sobre isso! Inscreva-se em nosso BLOG para receber sempre o conteúdo em seu e-mail e não perder nada!
Bons ensaios e apresentações!
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Sou Altamiro Bernardes, maestro –
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Um comentário em “O Caminho Para A Regência | Academia Concerto”